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domingo, 3 de abril de 2016

INFLUENZA A - H1N1





A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A.
O período de incubação varia de 3 a 5 dias e a transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea (tosse ou espirros) e por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias que podem estar em locais e objetos compartilhados e/ou de uso coletivo.


Ø  O Vírus:
                                                                          
                                                                          



                                                          
Ø  Transmissão e Grupos de Risco:
Embora ninguém esteja imune de contrair o vírus A/H1N1, existem alguns grupos de risco que, em caso de contaminação com a gripe, podem apresentar complicações do quadro, como a pneumonia, pela fragilidade do sistema imunológico.
São eles:
·         Idosos e Crianças (principalmente as menores de 2 anos);
·         Pessoas com problemas respiratórios, como bronquite e asma;
·         Pacientes em tratamento para câncer
·         Doentes crônicos (cardíacos, diabéticos, hipertensos, pessoas com insuficiência renal, entre outros).

Ø  Sintomas:
Os sintomas da gripe H1N1 são semelhantes aos causados pelos vírus de outras gripes: de início repentino, tosse, coriza, cansaço e falta de apetite, dores no corpo e mal-estar geral.
Podem surgir, dores musculares, dor de cabeça, de garganta e irritação nos olhos. Ainda, requer cuidados especiais a pessoa que apresentar febre alta, acima de 38º ou 30º.

Ø  Diagnóstico:
É basicamente clínico,  através da identificação dos sintomas e confirmado por exames laboratoriais rápidos que revelam se a pessoa foi infectada por algum vírus da gripe detectando a presença do vírus H1N1.

                                                                    


Ø  Vacina:



                                                                     
A vacina é produzida por vírus inativados (vírus mortos e fracionados). Não existe, portanto, o risco de se adquirir gripe por meio da vacina.
Pode ser administrada a partir dos seis meses de idade desde que não haja contraindicação.

A proteção começa a existir aproximadamente após duas semanas (15 dias) da administração, prolongando-se por cerca de um ano.

A vacina é distribuída anualmente no Brasil por meio de campanhas contra a gripe (gratuitamente através do sistema público de saúde para alguns grupos – crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, idosos, etc… – e através da rede particular de saúde para todos os grupos – nesse caso ela é paga) . Os efeitos colaterais são insignificantes se comparados com os benefícios que pode oferecer na prevenção.


Ø  Recomendações para Prevenção:

·         Evitar contato direto com pessoas gripadas;
·         Evitar permanecer em locais fechados com grande aglomeração de pessoas;
·         Lavar frequentemente as mãos com bastante água e sabonete ou desinfetá-las com produtos à base de álcool (principalmente depois de tossir, espirrar e de usar o banheiro);
·         Utilizar álcool gel corretamente e sempre que utilizar locais públicos e objetos compartilhados. O gel deve ser friccionado até completa absorção;
·         Higienizar aparelhos celulares com álcool 70% e papel toalha. Celulares estão sempre nas mãos das pessoas e costumam ser grande fonte de transmissão;
·         Jogar fora os lenços descartáveis e máscaras usados para cobrir a boca e o nariz, ao tossir ou espirrar;
·         Ao menos 2 vez por dia, limpar as narinas com soro fisiológico. Quem já sabe e tem o hábito de assoar o nariz, deve fazer após cada lavagem. As bordas internas do nariz também podem ser higienizadas embebecidas em água morna;
·         Não compartilhar copos, talheres ou objetos de uso pessoal;
·         Ao tossir, cobrir a boca com o antebraço e não com a mão;
·         Reforçar o sistema imunológico comendo alimentos ricos em vitamina C e mel;
·         Consumo de bebidas quentes – as bebidas mais quentes eliminam mecanicamente os vírus que podem se encontrar depositados na garganta e em seguida depositam-nos no estômago onde não podem sobreviver, devido o pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação;
·         Assim que surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza do tipo, PROCURAR ASSISTÊNCIA MÉDICA e não farmácias;
·         Participar da campanha de vacinação da gripe que ocorre anualmente;
·         NÃO USAR MEDICAMENTOS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.

Ø  Tratamento:
O tratamento é o mesmo indicado para pessoas que apresentam os outros tipos de gripe: repouso, ingestão de bastante água e antitérmicos para o controle da febre.

Entretanto, caso a gripe H1N1 seja identificada nas primeiras 48h, o médico poderá prescrever o uso de um medicamento específico – oseltamivir (Tamiflu),  para o tratamento dessa doença (esse medicamento só funciona ou efeitos mais acentuados, se ministrado nas primeiras 48h do aparecimento dos sintomas e só pode ser comprado com receita médica).

No caso de dúvidas, consulte sempre o seu médico ou o pediatra dos seus filhos. Em épocas de rápido aumento dos casos da doença, como agora, evite buscar atendimento em hospitais e pronto-socorros para evitar a transmissão ou a contaminação com a doença. De preferência por consultar com o seu pediatra, no consultório dele, para garantir uma maior segurança dos seus filhos e das demais crianças que tiverem contato com ele.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

GUERRA VIRAL


Desde o final de abril de 2015, o Brasil convive com a presença de três vírus, o da dengue, o chikungunya e o zika, esse o último a ser rastreado e que ganhou importância por sua suposta associação com o crescente surgimento de casos de microcefalia.





O disseminador desses vírus é um mosquito, chamado Aedes aegypti.
Primeiramente, faz-se necessário diferenciar esse mosquito do pernilongo comum que muito nos perturba à noite com seu zunido irritante. O irritante chama-se Culex quinquefasciatus.


                                                   Aedes aegypti
                                                      
Tamanho                     6mm                                                 
Cor                               faixas pretas e brancas                                        
Horário que circula    das 09 às 13h                              
Som quando voa        silencioso                                
Onde se reproduz      água limpa                           
Picada                         não deixa sinal na pele e não causa coceira

Ovos                             fora da água, viáveis por 18 meses


           
                                                    


                                             Culex quinquefasciatus


Tamanho                     4mm                                                 
Cor                               marrom                                        
Horário que circula    hábito noturno, após às 18h                              
Som quando voa        faz barulho, zunido                                
Onde se reproduz      água suja, como esgoto                           
Picada                         deixa sinal na pele e causa coceira

Ovos                             fora da água, tornam-se inviáveis


Quanto aos sinais e sintomas de cada quadro infeccioso, algumas diferenças merecem destaque.



Na Chikungunya, chama muito a atenção o quadro de artralgia (dores nas articulações), que são muito mais intensas que na dengue e zika e singularmente, podem permanecer por vários meses e, via de regra, é  muito incapacitante.. As principais articulações acometidas são as mãos, os pés, os dedos e os tornozelos.

Em relação à febre, na dengue e na chikungunya, é de início precoce e muito elevada, geralmente acima de 39ºC, enquanto que no Zika, é mais branda ou mesmo, pode não existir.

As manifestações que atingem os olhos são diferentes. Na dengue ocorre dor ocular, sem vermelhidão, enquanto que na chikungunya e zika ocorre vermelhidão intensa que lembra conjuntivite, mas sem secreção.

O cenário atual comparativo entre os três vírus é o seguinte:
A dengue preocupa por apresentar maior índice de mortalidade, além de ter uma fase de complicação hemorrágica – dengue hemorrágica.

Chikungunya, raramente se relaciona com a morte, no entanto apresenta elevada morbidade por se tornar incapacitante pelo potencial de desencadear dores articulares intensas e de longo prazo.

Zika, está relacionado a complicações neurológicas em recém-nascidos (microcefalia) embora ainda, nesse momento, não haja comprovação de que esse vírus seja a causa dessa condição.