Desde o final de abril de
2015, o Brasil convive com a presença de três vírus, o da dengue, o chikungunya
e o zika, esse o último a ser rastreado e que ganhou importância por sua
suposta associação com o crescente surgimento de casos de microcefalia.
O
disseminador desses vírus é um mosquito, chamado Aedes aegypti.
Primeiramente,
faz-se necessário diferenciar esse mosquito do pernilongo comum que muito nos
perturba à noite com seu zunido irritante. O irritante chama-se Culex quinquefasciatus.
Aedes aegypti
Tamanho 6mm
Cor faixas pretas e brancas
Horário
que circula das 09
às 13h
Som
quando voa silencioso
Onde
se reproduz água
limpa
Picada não deixa sinal na pele e não causa coceira
Ovos fora da água, viáveis por 18 meses
Culex quinquefasciatus
Tamanho 4mm
Cor marrom
Horário que circula hábito noturno, após às 18h
Som quando voa faz barulho, zunido
Onde se reproduz água suja, como esgoto
Picada deixa sinal na pele e causa coceira
Ovos fora da água, tornam-se inviáveis
Quanto aos sinais e sintomas
de cada quadro infeccioso, algumas diferenças merecem destaque.
Na Chikungunya,
chama muito a atenção o quadro de artralgia
(dores nas articulações), que são muito mais intensas que na dengue e zika e
singularmente, podem permanecer por vários meses e, via de regra, é muito incapacitante.. As principais articulações
acometidas são as mãos, os pés, os dedos e os tornozelos.
Em
relação à febre,
na dengue e na chikungunya, é de início precoce e muito elevada, geralmente
acima de 39ºC, enquanto que no Zika, é mais branda ou mesmo, pode não existir.
As
manifestações que atingem os olhos são
diferentes. Na dengue ocorre dor ocular, sem vermelhidão, enquanto que na
chikungunya e zika ocorre vermelhidão intensa que lembra conjuntivite, mas sem
secreção.
O
cenário atual comparativo entre os três vírus é o seguinte:
A dengue preocupa por apresentar maior índice
de mortalidade, além de ter uma fase de complicação hemorrágica – dengue
hemorrágica.
Chikungunya,
raramente se relaciona com a morte, no entanto apresenta elevada morbidade por
se tornar incapacitante pelo potencial de desencadear dores articulares
intensas e de longo prazo.
Zika, está relacionado a
complicações neurológicas em recém-nascidos (microcefalia) embora ainda, nesse
momento, não haja comprovação de que esse vírus seja a causa dessa condição.
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